Sobre
O coletivo LEM
O Laboratório de Educação Museal - LEM é um coletivo informal dedicado a investigar temas relacionados a arte, cultura e ensino da arte. Em atuação contínua, neste formato desde 2018, no Estado do Espírito Santo, o coletivo experimenta um movimento de expansão a partir da virtualização das atividades. Nos últimos anos, o LEM modificou as relações para fora e para dentro do seu estado de origem, alcançando profissionais do ensino da arte para além da Grande Vitória, no interior capixaba e também de outros estados Brasil afora.
O coletivo investe no encontro entre pessoas: as que trabalham a arte como ofício rotineiramente, as que se dedicam a arte como campo de pesquisa e conhecimento, as que respeitam os saberes e fazeres não-acadêmicos e as que buscam na arte a máxima potência da expressão humana. Somos pontes e nosso maior orgulho é criar vínculos entre esses vários sujeitos. Aos poucos, os encontros, fricções e interações geram redes. A cada ciclo novas ações são viabilizadas por meio de parcerias e envolvimento direto de artistas e outros profissionais da cultura que fazem a diferença quando se trata de construir pontes entre arte e educação.
Atividades recentes do LEM
Ciclo 2024-2025
No biênio mais recente de atuação do coletivo, o integrante Igor Maia foi o proponente do projeto de continuidade do LEMCAST – o programa de entrevistas do LEM, aprovado no Edital de Artes Visuais da Secult e executado com o apoio operacional do Núcleo de Arte Cultura e Coordenadoria Geral de Tecnologias Educacionais do CEFOR, do IFES. Nesta temporada do podcast foram convidados 16 profissionais da cultura. A proposta foi acolhida pela instituição parceira que facilitou o local de encontro adequado para as entrevistas. Com a escuta ativa de artistas e fazedores de cultura que atuam no território capixaba, o LEM mantém o diálogo aberto com diversos segmentos artístico-culturais, atualizando a compreensão dos vínculos entre arte e comunidade. Depois de um longo exercício de sincronia de agendas para o alinhamento da disponibilidade dos convidados, foram realizadas seis mesas temáticas com três convidados cada uma. Com a compilação do material, os ajustes e edição das entrevistas, chegamos a versão final da série. E durante o primeiro semestre de 2025 foram publicados os episódios do LEMCAST 2ª TEMPORADA, uma série de seis episódios que se encontram disponíveis no Spotify.
Ciclo 2022-2023
No ano 2022 o LEM teve como principal proposta a instrumentalização de sujeitos para a escrita autoral. Neste sentido, o investimento do ciclo 22 esteve voltado para a formação de pesquisadores selecionados pela comissão coordenadora do LEM, via convocatória pública. A partir desta nova perspectiva, renovamos a composição do coletivo e trabalhamos colaborativamente na produção de conteúdo, em duas linhas de pesquisa durante o ciclo:
• No primeiro semestre: Artes visuais: Perspectivas antirracistas a partir do estudo das obras de Luciano Feijão.
• No segundo semestre: Poéticas da criação: Mulheres da/na Arte Contemporânea. Com este tema estudamos séries criadas por duas artistas: Kika Carvalho e Ana Lúcia Gonçalves.
As conversas da equipe LEM com os artistas Luciano Feijão, Kika Carvalho e Ana Gonçalves deram origem ao LEMCAST 1ª temporada. A serie de entrevistas foi publicada em 2023 e desde então está disponível no Spotify.
Realizações do ciclo 22
No processo de imersão investigativa a produção de conteúdo para o ensino da arte esteve pautada no estudo de obras dos artistas visuais convidados: Luciano Feijão, Kika Carvalho e Ana Gonçalves. Realizamos uma formação continuada de alto nível com 120 horas de atividades - visitas didáticas aos ateliês dos artistas, oficinas de escrita autoral, leitura e imersão temática. Para uma empreitada deste porte foi imprescindível a parceria com o Núcleo de Arte e Pesquisa do Instituto Federal do Espírito Santo campus Venda Nova do Imigrante. Além do Nac Ifes Venda Nova do Imigrante, o Centro Cultural Sesc Glória foi um grande apoiador operacional das nossas atividades neste ciclo.
Os processos vivenciados pelos pesquisadores foram reunidos em uma publicação com 14 textos autorais. São ensaios e relatos de experiência que trazem um pouco da realidade das escolas nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, do combate ao racismo estrutural e ao machismo, por meio de práticas relacionadas ao ensino da arte.
Composição atual do coletivo
O LEM é um coletivo independente (não vinculado a nenhuma instituição), dinâmico (atua de diferentes formas a cada ciclo), orgânico (sua estrutura flexível se renova a cada ciclo) e informal (não é empresa, nem prestador de serviço e não atua comercialmente) que mantém como maior premissa seu caráter experimental (laboratório de processos e relações com a arte).
No ciclo 2024-2025 atuaram três integrantes:
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Franquilandia Raft (idealizadora do coletivo, gestora cultural e mestre em História da Arte pela UB, Espanha);
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Igor Maia (professor da rede estadual do Espírito Santo);
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Gabriela Carvalho (professora da rede pública da Grande Vitória).
No ciclo 2022-2023 atuaram quatro integrantes:
• Franquilandia Raft (idealizadora do coletivo, gestora cultural e mestre em História da Arte pela UB, Espanha);
• Gabriela Carvalho (professora da rede pública da Grande Vitória);
• Ludmila Cayres (artista, arte-educadora e ativista cultural que atua na cena cultural de São Paulo);
• Kenia Ventorim (Mestre em Educação, Professora no Ifes - campus Venda Nova do Imigrante).
Origem do LEM - uma semente nos espaços culturais de Vitória
Antes de receber esta designação, o LEM era apenas uma semente em alguns equipamentos culturais de Vitória desde 2012, buscando estreitar as relações entre artistas e professores a cada nova exposição, especialmente na Galeria Homero Massena, berço do LEM durante a gestão de Franquilandia Raft (2012-2016). Havia uma composição voluntária e flutuante do coletivo temporariamente autointitulado #REDE, formado por profissionais de arte educação que protagonizavam práticas e debates durante as exposições temporárias. A partir de 2017 o coletivo investe na formação de mediadores (estagiários de equipamentos culturais e professores interessados em atualizar suas práticas em sala de aula), realizando um ciclo de vivências nos ateliês dos artistas que abriam as portas para os encontros de formação. De 2018 a 2021 a estrutura do coletivo se fortalece e nos assumimos como um laboratório de práticas relacionadas aos processos criativos que perpassam a criação e a fruição artística para criar vínculos entre os dois sujeitos protagonistas – artista e professor, promovendo atividades que fomentam o debate sobre artes visuais e suas múltiplas relações com o ensino na contemporaneidade. Durante todos estes anos o coletivo realizou atividades educativas com parceiros institucionais em museus estaduais, municipais, em universidades e em ateliês de artistas. As principais ações do coletivo ao propor encontros entre museus e escolas, artistas e professores, obras de arte e público estão registradas na BiblioLEM, que é a biblioteca virtual do LEM. Você pode acessá-la na aba deste site. Estão disponíveis as nossas pesquisas recentes, artigos, ensaios e materiais educativos e catálogos cedidos pelos artistas parceiros do LEM.